As terras (e águas) do Lagamar são habitadas por comunidades caiçaras, quilombolas, indígenas e caboclas que constituem uma diversidade cultural raramente encontrada tão próxima de grandes centros urbanos.
No Lagamar existem alguns núcleos de comunidades tradicionais e indígenas que ainda vivem em forte isolamento dos centros urbanos de pequenas, médias e grandes cidades produzindo a maior dos bens necessários para a sua sobrevivência e reprodução sociocultural.
Nesses locais, ainda hoje percebemos a intensa ligação com as mais variadas atividades de agricultura familiar, pesca artesanal e com a continua dinâmica de produção e transmissão cultural das comunidades.
Contudo, o crescimento desordenado do turismo e a intensa especulação imobiliária colocam em risco o seu modo de vida, sendo esse o principal fator operante de mudanças no seu ritmo de vida e na sua dinâmica social.
Práticas tradicionais como a pesca e, principalmente, a agricultura familiar, passam a ter uma importância secundária conforme as atividades ligadas ao turismo de massa tendem a crescer.
A perda da identidade cultural, através da migração para outras atividades econômicas não tradicionais, também ocorre por conta das restrições impostas pelas rígidas leis ambientais que regulamentam o uso das terras e águas da região.
É nesse cenário que o turismo sustentável de base comunitária entra para possibilitar novas formas de interação e integração com a natureza gerando emprego e renda para todos os atores sociais envolvidos.
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Fonte de consulta: Matimpererê Turismo de Experiência
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